O despachante em meio a pandemia

março 16, 2021

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Paulo Oliveira

Ainda pouco reconhecida (e conhecida), a profissão do despachante vem crescendo ao longo dos anos. Profissionais cada vez mais capacitados, sindicatos e conselhos mais robustos e profissionalizados e governos e empresas entendendo cada vez mais a importância do profissional em meio aos processos de documentação veicular.

É bem verdade que os Detrans têm se modernizado e buscado facilitar a vida do usuário, no entanto, sabemos que ainda são vários os desafios encontrados ao precisar de serviços mais complexos, como baixas de sucatas, mudanças de jurisdição, regulamentação de modificações e demais processos que demandam um certo expertise por parte do interessado.

Em meio a isso, o despachante tem sido peça chave para facilitar o entendimento entre o órgão regulador e o proprietário do veículo, simplificando o processo para seu cliente, e facilitando na arrecadação de taxas e conferências de documentação para o Detran.

No entanto, mais do que isso, o despachante se mostra hoje, em meio a uma pandemia, uma peça-chave no mercado automotivo. A questão chega a ser bem lógica, e até fácil de visualizar. Imagine o seguinte cenário, onde um despachante atenda, de forma remota/delivery, cerca de 50 clientes no mesmo dia. Agora pense em mais 9 despachantes, cada um atendendo também 50 clientes da mesma forma, no mesmo período. Vamos agora imaginar um outro cenário, onde não há estes despachantes, e estes 50 clientes, de cada um dos dez, terão que ir ao Detran no mesmo dia regularizar seus veículos. Serão 500 pessoas para serem atendidas, você consegue imaginar a discrepância entre 10 despachantes nas dependências do Detran comparado a 500 clientes no mesmo local?

O trabalho árduo e corajoso por parte de todos que compõe a classe tem sido crucial para a arrecadação do estado e para toda a cadeia automobilística. De forma segura, todos os processos de emplacamento, transferência e demais procedimentos, podem acontecer de forma segura, seguindo praticamente todos os protocolos recomendados pela OMS contra o COVID-19. Somos essenciais.